domingo, 14 de abril de 2013

O homem dos olhos frios

Nesse faroeste magistral, dirigido por Anthony Mann, Henry Fonda interpreta um caçador de recompensas que ajuda um xerife inexperiente a lidar com uma gangue de marginais.

Ao mesmo tempo, ele apaixona-se por uma viúva e recebe carinho e atenção de seu filho.

Filme diferente e inovador, dentro do gênero western. Extraordinariamente bem dirigido, com um roteiro que evita os clichês do tema. Mann cria cenas de grande tensão psicológica sublinhadas por uma câmera ágil e vigorosa.

O roteiro aborda situações como o álcool prejudicar um pistoleiro ou como adquirir o respeito de uma cidade. Filme de 1958 ainda continua moderno.

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sexta-feira, 29 de março de 2013

Os Bórgia

Desde muito tempo a qualidade dos seriados Norte Americanos cresceu consideravelmente. Seja principalmente em seriados policiais quanto em comédias que podem, inclusive, se dar ao luxo de ter grandes estrelas em seu “cast, muito diferente dos anos 60 e 70 quando esses eram produções bem mais modestas, onde raramente se filmava em externas e a qualidade técnica era bastante sofrível.” Tal impulso deu origens a seriados bem mais ousados como a produção “Roma” dividida em duas temporadas, cada uma com 12 episódios filmados na Cinecitá, em Roma.


A mais recente dessas minisséries trata de um assunto difícil e bastante delicado: O papado durante o pontificado de Rodrigo Bórgia, o Alexandre VI. Papa bastante controverso, historicamente falando, Alexandre subiu ao trono levando uma amante a tiracolo, com quem havia tido três filhos: Juan, Cesar e Lucrecia. Como papa, Rodrigo levou à cama a bela Giulia Farnese, jovem mulher de um aristocrata falido, além de ter enviado o filho Cesar, recém-eleito cardeal, a missões de vingança e mandado o filho Juan sitiar, destruir e subjugar inimigos.

Mandou envenenar o cardeal Giuliano Della Rovere (que escapou da morte para tornar-se posteriormente o papa Júlio II) entre outros atos de perversidade.

A minissérie é ancorada no brilhante trabalho do ator Jeremy Irons como Rodrigo e Françoise Arnaud, jovem ator que muito se destaca no papel de Cesar. Irons dá uma dimensão extraordinária a Rodrigo, procurando não mostra-lo como um personagem maquiavélico, mas como um homem frágil emocionalmente, apesar de bastante astuto. A atuação de Arnaud como Cesar também o distanciou daquela visão maniqueísta, onde a personagem é retradada como a maldade em pessoa.

Aqui, Cesar é apenas um reflexo de sua época O roteiro também se preocupou em não caricaturizar as personagens. As relações familiares são mostradas de forma humana e, por vezes extremamente dolorosas. Já a relação da família com o poder é mostrada de forma bastante realista e, por vezes chocante. Vale a pena conferir.

Pacto sinistro

Um encontro em um trem. Um jogador de tênis e um encontro casual.Para Guy aquela seria apenas mais uma ida para resolver o desquite com sua mulher,mas, o psicopata Bruno tem outros planos.Ele deseja fazer uma macabra troca de assassinatos.Bruno irá matar sua mulher e,em troca,Guy terá de matar seu pai.Achando tratar-se de uma brincadeira de mau gosto Guy finge que concorda e esquece o assunto até o dia em que Bruno o encontra e entrega o óculos de sua mulher.Agora,Bruno exige a conclusão do plano.Agora Guy é um fugitivo com um psicopata em seu encalço.Com essa história, Hitchcoock nos brinda com um dos maiores sucessos do começo da década de 50.

O papel de Bruno foi na medida para o ator Robert Walker.Suas nuances,sua profundidade dão uma assustadora credibilidade ao assassino.Por outro lado, Farley Granger não é um bom ator.Sua interpretação se torna forçada,artificial pelas evidentes limitações do ator. Ruh Roman também não foi uma escolh a muito feliz como a mocinha Seria escolha proposital de Hitchcoock para reforçar o papel de Bruno?

Mas,comentando o filme,isto é,direção aspectos técnicos,é inegável o talento do mestre para melhor manipular a história.O personagem do assassino é mostrado sem romantismo,frio e calculista.Mesmo assim,temos uma ponta de pena do psicopata,tanto que no final,quase torcemos para que Bruno consiga colocar o isqueiro que pode incriminar Guy.

Um filme,ainda,aterrorizante,que tem uma poesia maléfica,uma forma de contar uma história que sentimos a mão do diretor,seu controle sobre o produto final.A cópia em DVD ajuda muito pois está restaurada com primazia.

Muito se foi escrito e analisado sobre o comportamento humano em “Pacto sinistro. Talvez,por sua trama muito bem delineada,a intensidade da composição de Bruno é bastante incômoda. Talvez,ela ainda nos incomode pois é bastante próxima da realidade ,dos psicopatas que tantos tememos. Por isso,a interpretação de Walker é simplesmente arrebatadora.

O filme ainda é um dos melhores do mestre do suspense. não envelhece pois o bem e o mal de cada ser humano é eterno

Roma

Roma é uma minissérie produzida pela Warner dividida em duas temporadas. A primeira começa com a luta entre as famílias de Pompeu e a casa dos Júlio e termina com seu assassinato, no senado Romano, após a pretensão de tornar-se imperador. A segunda temporada começa logo depois e mostra a trajetória do jovem sobrinho de Cesar, Augusto, para tornar-se o primeiro imperador de Roma.

O seriado é extremamente bem produzido. Toda a cidade de Roma, com seus esgotos a céu aberto, a imundice das casas, os muros rabiscados, foi recriada nos estúdios da Cinecitá, na capital Romana. Realmente a produção de minisséries melhorou muito com o passar dos anos. Adquiriu um tom quase cinematográfico e o gênero se tornou um dos mais assistidos, em todo mundo.

 

Roma é um apogeu do gênero. Uma produção cara, com cenários em tamanho natural, foi algo nunca tentado antes e dá um excelente resultado. O único contra, no meio de tantos “Prós” é a visão, extremamente exagerada, dada as lutas entre famílias. Parecem antecessores da máfia italiana.

Õ roteiro exprime bem o cotidiano de uma sociedade muito tempo antes dos valores Cristãos tomarem conta do império, a violência também , assim como o sexo , era algo cotidiano. O roteiro esquece grandes realizações políticas e artísticas, se concentrando apenas em morte e sexo. Mas é um bom passatempo. Também não são cem por cento confiáveis, em parte, também pela mistura entre os personagens históricos e os fictícios, mas vale uma conferida.